quinta-feira, 20 de outubro de 2011

Funcionários da Infraero cruzam os braços, mas aeroportos têm movimento tranquilo

Foto: Agência Estado

Paralisação na Infraero: Funcionários da Infraero cruzam os braços, mas aeroportos têm movimento tranquilo nesta quinta

R7.com
Atualizado em 20/10/2011 às 13h38

Os aeroportos de Guarulhos, Viracopos (Campinas, em São Paulo) e Brasília serão privatizados. E os funcionários da Infraero, empresa estatal que administra os aeroportos brasileiros, entraram em greve para protestar contra a concessão desses terminais à iniciativa privada. Apesar da paralisação, o movimento era tranquilo na manhã desta quinta-feira (20).

Até as 8h, o Aeroporto de Guarulhos, o maior do país, tinha dois voos atrasados e dois cancelados dentre as 50 partidas previstas. Em Brasília e em Campinas, a situação era de pouquíssimos problemas: só 1 voo foi cancelado em cada terminal entre as 18 decolagens previstas em cada um.
Os funcionários cruzaram os braços desde a 0h desta quinta-feira (20) e vão permanecer parados por 48 horas.

Nos primeiros oito meses deste ano, 34,8 milhões de passageiros estiveram nos saguões desses três aeroportos – ou 29,4% dos 118,1 milhões de pessoas que viajaram de avião no Brasil no mesmo período.
Isso quer dizer que 1 em cada 3 passageiros passa por pelo menos um dos três aeroportos todos os dias.
Os empregados das companhias aéreas continuam no trabalho, o que deve diminuir o caos.

Mas o Sina (Sindicato Nacional dos Aeroportuários) reconhece que uma parada da Infraero deve acabar causando algum transtorno na vida dos passageiros. Isso porque os empregados que trabalham no pátio, com a orientação das aeronaves, são da estatal. O mesmo ocorre com os painéis de informações sobre partidas e chegadas, que são da Infraero.

O Procon-SP recomenda que, antes de seguir para qualquer aeroporto do país, o passageiro entre em contato com a companhia aérea para verificar a situação do voo.
Se o passageiro não conseguir embarcar, ele tem direito a trocar o pacote ou passagem para outra data ou local, sem pagar tarifas ou taxas, ou cancelar o contrato, com direito a restituição do dinheiro, sem pagamento de multas, de acordo com a entidade.

A Anac (Agência Nacional de Aviação Civil) se antecipou à greve e, na quarta-feira (19), pediu às empresas aéreas, à Infraero e ao Decea (Departamento de Controle do Espaço Aéreo) a criação de “planos de contingência para que sejam evitados transtornos aos passageiros”.

Se houver mudanças operacionais, como cancelamentos ou atrasos de voos, as empresas aéreas deverão informar imediatamente os passageiros bem como prestar a assistência necessária, segundo a Anac.
Sozinho, o aeroporto de Guarulhos recebeu 19,6 milhões de passageiros entre janeiro e agosto. Brasília recebeu outros 10,3 milhões (8,7% do total) e Viracopos, 4,9 milhões (4,1%).

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